Por
Rogerio Ruschel (*)
Segundo
dados do Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin), no primeiro quadrimestre
deste ano as exportações de vinhos brasileiros engarrafado cresceram 375,5% em
valor comercializado, em relação ao mesmo período de 2013. O montante de US$
5,75 milhões contabilizados em vinhos e espumantes engarrafados equivale a 4,5
vezes o total exportado de janeiro a abril do ano passado e supera em 6,6% o
total exportado em todo o ano 2013.
O
resultado está sendo comemrado por produtores e pela Wines of Brasil, projeto de
promoção dos vinhos brasileiros no Exterior operado pelo Instituto Brasileiro
do Vinho (Ibravin) em parceria com a Agência Brasileira de Promoção de
Exportações e Investimentos (Apex-Brasil). Para Roberta Baggio Pedreira,
gerente do Wines of Brasil, a Copa ajudou a catalisar um processo de construção
de imagem e aproximação comercial e dos vinhos finos brasileiros no Exterior
que vem sendo realizado há 10 anos.
Outra
boa notícia sobre qualidade: em fins de abril de 2014 o especialista ingles
Steven Spurrier (foto abaixo) - realizador do famoso Julgamento de Paris que colocou os vinhos californianos no cenário mundial em 1976 ao
compará-los com vinhos franceses - esteve no Brasil e disse que nós não
precisaríamos importar champanhes por causa da alta qualidade de nosso
espumantes.
Outro dado comemorado é a
qualificação do valor médio por garrafa exportada, que passou de US$ 3,32 para
US$ 4,02, representando alta de 21%. “Não estamos nos posicionando nas
categorias de entrada, nos quais países como Chile e Argentina têm grande
competitividade em função do grande volume e de menores custos de produção. O
interesse maior dos compradores de vinhos brasileiros estão em vinhos de
categoria intermediária, com bom custo-benefício”, observa Roberta. Abaixo, uma
cena que chilenos, argentinos e alemães precisam conhecer: viticultores da
serra gaúcha se divertindo no tradicional jogo da mora.
O
Brasil está se abrindo para o mundo Os mercados compradores que se destacaram
neste primeiro quadrimestre foram Reino Unido, que multiplicou em 29 vezes o
valor importado do Brasil, a Bélgica, que registrou alta 51 vezes maior, a
Alemanha, que incrementou o resultado em 6,5 vezes, a Holanda, com 99,5 vezes o
montante do período anterior, e o Japão, que multiplicou o desempenho em 14
vezes. Quer dizer: o Brasil está se abrindo para o mundo – como esta janela da
foto abaixo, que se abre para a serra gaúcha.
Resultados
econômicos são muito bem-vindos, mas em uma taça de vinho, cerca de 70% do
produto está fora da taça: é o que se chama de cultura do vinho. Então o Brasil
deveria fazer como França, Itália, Portugal e Espanha: junto com cada garrafa
de vinho brasileiro deveriam estar sendo “exportados” também os valores da
comunidade que o produziram, as belezas naturais de nossos terroirs, nossa
diversidade cultural, alegria e simpatia, nossa arte, música, arquitetura e
recursos turísticos relacionados a vinhos e produtos típicos – como as fotos
abaixo mostram.
Fonte:
Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin), 26 de maio de 2014
(*) Rogerio
Ruschel mora em São Paulo, Brasil, é jornalista, enófilo e especialista em
enoturismo e cultura do vinho Saiba mais sobre cultura do vinho no Brasil e no mundo em http://invinoviajas.blogspot.com.br/
"La comunicación es nuestro principal objetivo y sin
vosotros no tendría sentido, gracias"
IN VINO VERITAS, LONGAE VITAE!))
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